SIN KILLER webzine – Interviews: Rex Carroll Band

Friday, April 8, 2011

Rex Carroll Band

O site Christian Metal Mayhem fez mais uma super entrevista com uma lenda da música gospel. Rex Carroll, ex-guitarrista da banda Whitecross. Leia a entrevista completa em Inglês aqui ou clique no link Leia mais... para ler as principais perguntas e respostas em Português traduzido pelo site .gospel.
Whitecross, King James, and Rex Carroll Band's
Rex Carroll

interview by Ian Keith Hafner
March 15, 2003

Ian: Como vão as coisas?
Rex: Muito muito ocupado, muita coisa acontecendo.

I: Vocês fizeram um show semana passada?
R: Yeah.

I: Onde é que foi?
R: Nós tocamos em bares porque por enquanto não temos gravadora e nós estamos de baterista novo o que é muito bom.

I: Sério? Qual o seu nome?
R: O nome dele é Jeff e ele me lembra de quando eu costumava a tocar com Robert Sweet, mas com as coisas um pouco mais sob controle.

I: Bom, posso te perguntar um pouco sobre Whitecross?
R: Claro que pode.

I: Como vocês começaram a tocar no "mundo" metal?
R: Bom, sobre tocar no "mundo" metal, Eu não acho que seja uma pergunta apropriada porque naquela época eu não sei se as pessoas nos consideravam como uma banda metal. Eu acho que era um pouco de hard rock e de heavy metal...

I: Talvez as coisas não eram tão rotuladas naquela época?R: Yeah, Eu acho que a cultura era: Hey, você toca guitarra, então toque o melhor que você puder!
I: Quais são as suas influências musicais? Obviamente você tem um background em blues. Você começou tocando blues ou rock?
R: Essa pergunta é melhor, porque eu tive uma influência no blues no início e eu de certo modo tenho trazido essa influência comigo. Em relação às influências mais modernas acho que tive minha direção com Eric Clapton, B.B. King, meio que artistas britânicos e desde então comecei a estudar mais o blues Americano de pessoas como Muddy Waters e John Lee Hooker... Mas depois quando Eddie van Halen saiu, a música deles foi uma grande influência em mim... na época tinha Jimmy Page fazendo o Heartbreaker no Led Zeppelin, mas o som da guitarra não se comparava ao Eruption. E aí veio Yngwie Malmsteen, que não é muito conhecido pelo público, mas se você ouvir a guitarra você sabe quem ele é. Ele é incrível... O meu guitarrista favorito até hoje é provavelmente Ritchie Blackmore.
I: Ele não recebe tantas indicações como guitarrista favorito pelas pessoas.
R: Yeah. Eu assisti Ritchie Blackmore na TV quando tinha 15 anos e foi naquela hora que eu disse "É isso que eu quero fazer!" Ele é muito temperamental e difícil de se trabalhar por isso ele não recebe muita ajuda da indústria musical. Mas o talento dele é maior que sua personalidade. Deep Purple também foi outra influência para mim e depois Yngwie e Michael Shenker Uli John Roth, ele foram umas das influências nas minhas composições de guitarra... junto com Van Halen que provavelmente representa o melhor metal Americano. Eu sei que as pessoas diziam que Whitecross parecia com a banda Ratt e posso dizer que isso foi acidental. Isso é verdade - Eu disse para Scotty [Wenzel]: "Sabe Scotty, você tem um som igual a Stephen Pearcy da banda Ratt," e ele disse "Quem é esse cara?" e ele realmente não sabia quem era o cara. Ele teve uma criação bem conservadora ouvindo as bandas tipo Rez Band, Petra, e Stryper, e ele ouvia Kansas e um pouco de Journey, mas ele realmente não sabia muito sobre hard rock.
I: No seu primeiro álbum, uma coisa que notei é que a banda tinha mensagens mais para o pessoal da "rua". Sabe, muitas bandas da época estavam apenas cantando "Jesus te ama", "Aceite ou queime" tipo de mensagens, mas vocês estavam falando sobre abuso de drogas por exemplo.
R: As bandas de metal Cristã que eu conhecia eram Rez Band, Stryper, Messiah Prophet e Saint. Bloodgood já existia, mas eu não conhecia a banda. Eu só conheci eles depois de um tempo. Então como essas eram as únicas bandas que conhecia eu tinha em mim uma pressa, um senso de urgência porque existia um buraco - ah! Barren Cross, eu conhecia eles também porque eu os assisti no Festival Cornerstone. E eu pensei, nossa, se é só isso de bandas que têm por aí, então deve haver espaço para inovação. Mas eu não sei se conseguimos fazer essa inovação...
I: In the Kingdom foi gigantesco! O que aconteceu quando vocês viram que vocês tinham finalmente feito sucesso?R: Acho que nada aconteceu. Eu nunca tive aquela idéia que a banda iria durar para sempre, que nós éramos gigantes e famosos.

I: Mesmo quando o álbum começou a vender?
R: Não. Hoje eu olho para atrás e vejo que realmente In The Kingdom foi o nosso maior sucesso e se mantém até hoje como o disco do Whitecross mais vendido, mas em retrospecto, eu poderia te dar uma lista com uma relação de coisas que eu não estava satisfeito no estúdio e como a gravadora estava nos tratando, coisas que eu gostaria de ter modificado um pouco, mas no geral, aquele CD foi o nosso melhor e sem dúvida o mais polido da banda....

I: Então depois do CD High Gear, você deixou o Whitecross. Dá para dar mais detalhes?R: Nós estávamos no auge da carreira da banda. O público não iria mais aumentar, a vendagem de CD não ia mais subir e até hoje eu me pergunto como é que a banda não conseguiu atrair uma gravadora de peso e até hoje eu me sinto um pouco frustrado por causa disso. Eu sempre pensei que para as gravadoras o principal era grana e se uma banda está fazendo grana uma gravadora toleraria que você é uma banda Cristã. Eu sei que o mundo rejeita o Evangelho. Nós sabemos disso porque Jesus disse que o mundo nos rejeitará. Então eu não tenho nenhuma desilucão que nós deveriámos ter vendido 5 milhões de álbuns, mas eu achava que poderíamos chegar lá... 80% das vendas dos nossos CDs foram por causa dos nossos shows e turnês, a gravadora Star Song lançava os CDs, mas fazia pouquíssimo para distribuí-los e promovê-los... Algumas revistas de guitarra escreveram artigos sobre mim incluindo Guitar Player. Eles escreveram coisas boas e eu estava implorando a Star Song para que não se contentassem apenas com alguns artigos na revista CCM Magazine. É como se estivéssemos pregando para quem já é salvo. Porque não levamos nossa mensagem para o mundo ouvir? E eles nunca aceitaram essa idéia... Eu tinha tantas idéias que eles não toparam, até mesmo uma turnê pela Ámerica do Sul e eles diziam: Nós nunca vamos poder fazer isso.

I: Muitas bandas como Guardian e Bride fizeram muito sucesso lá na Ámerica do Sul.
R: Eu sei, e finalmente nós tivemos a oportunidade de ir lá e foi maravilhoso, mas sempre como uma viagem missionária. E eu sou muito feliz pela oportunidade de ter evangelizado, não me entenda errado, mas a administração da banda nunca foi feita certa. A gente sempre voltava dessas viagens sem 1 dolar no bolso. Você pensa, se você cobrar mesmo que seja 10 centavos para 55 mil pessoas, a banda poderia ter recebido pelo menos um cachê. Nós nunca fizemos nada disso. E eu aprendi que às vezes não recebemos porque não pedimos. Então tudo isso junto e a banda começando a não se entender direito... Se a banda e as músicas estivessem fortes e unidas daria para aguentar, mas nós não estavamos, então estava na hora de eu partir para outra.

I: Aí veio a banda King James, certo?
R: Yup

I: Como surgiu a banda?
R: Surgiu praticamente entre eu e Jimmy [Bennett, vocalista]. Eu conheci Stryper quando eram apenas três na banda, sem o Michael, na Europa. E eles estavam tocando como Stryper. Oz Fox estava cantando como vocalista e nós tocamos por duas semanas como eles. A banda Allies também estava se apresentando com Bob Carlisle.

I: Gostaria de ter visto isso.
R: Foi meio estranho, não foi muito social [rindo]. Acho que tinha mais umas duas bandas, mas realmente não me lembro, acho que Guardian estava lá. Mas foi divertido.

I: Teria sido uma turnê inacreditável!
R: É, mas enquanto estava tocando lá eu conheci Robert. A gente se tornou amigos bem rápido porque tínhamos muitas coisas em comum. Ai eu e Jimmy perguntamos se eles (Robert e Tim) gostariam de tocar no nosso CD, e eles aceitaram. Ai perguntamos se eles gostariam de fazer uma turnê, Robert aceitou, mas Tim não quiz. O CD nunca decolou, nós tocamos por 1 ano e meio daquela maneira. Nós fizemos uma turnê de 2 semanas, mas não passou disso.

I: E você chegou a gravar um segundo álbum?
R: Foi, e saiu muito legal... No geral era um projeto muito bom. Acabou que não foi bem distribuído, mas eu fiquei muito feliz com o CD.

I: Em contraste com Whitecross, o que você gostou dos CDs da banda King James?
R: Principalmente que Jimmy Bennett era um cara de palavra, e se eu for entrar numa briga eu sabia que Jimmy iria estar do meu lado até o fim sem usar politicagem. Ele era sincero. E até hoje sou amigo de Jimmy.

I: Então agora você está com a nova banda Rex Carroll Band e vocês estão tocando para motoqueiros?R: Yeah, nós tocamos em Tomahawk, Wisconsin... Tocamos para 30 mil motocicletas e 16 mil pessoas em 3 dias. Foi muito legal.
I: E vocês foram bem recebidos?
R: Ele curtiram. Minha música é tipo... se você gosta de Harley Davidson, eu garanto que você vai gostar da minha banda [rindo]. Eles andam juntos.

I: Acho que muita gente ficou surpresa no Verão passado quando você voltou ao Whitecross e fez alguns shows. Como que aconteceu isso?
R: Eu tenho um bom amigo chamado Joe Austin. Ele facilitou a reunião da banda. Então nós nos juntamos e organizamos alguns shows. Um ano atrás eu tinha comentado que teria sido legal se a gente colocasse uma coletânia do Whitecross e King James, então eu realmente estava interessado. Eu até tinha arrumado um vocalista e começado a ensaiar algumas músicas, mas ai eu pensei que seria até mais legal reunir o verdadeiro Whitecross e tocar no festival Cornerstone...

I: Quem tocou baixo e bateria nessa formação nova?
R: Mike Feign, baterista original e nós poderiamos ter convidado alguns dos baixistas originais da banda, mas resolvemos pegar um cara novo, Benny Ramos, que era da região e também era lider da mocidade e do louvor de sua Igreja...

I: Existe alguns rumores na internet que um daqueles shows foi gravado para um CD Ao vivo, é verdade isso?
R: Na realidade eu gravei todos os shows com essa intensão. Eu só não sei se ela vai ser tornar realidade por que quando a gente estava começando a se enturmar para tocar em mais shows, Scotty praticamente desistiu da idéia e deixou todo mundo na mão. Você pode entrar em contato com ele se quiser saber mais sobre isso. Então foi como se as coisas estivessem voltando ao normal, com se a tensão do passado não estivesse mais lá, mas não foi verdade, pelo contrário, a tensão me pareceu pior agora.

I: Ele tem andando sumido nesses últimos 2 anos. Eu sei que ele estava trabalhando como missionário, mas...
R: Yeah, Eu não sei o que ele anda fazendo. Eu acho que ele pinta casas e faz mais alguns trabalhos em Nashville. Mas é, eu quero ser legal, mas ao mesmo tempo, nós tínhamos várias possibilidades, e ele jogou tudo no lixo...

I: Uma pena que essa possível reunião acabou assim...
R: Yeah, bom, melhor agora no início do que mais tarde...

I: Bom, pelo que já ouvi, Eu pessoalmente gosto de tudo que a Rex Carroll Band tanto como gosto do Whitecross e todos os outros projetos que você esteve envolvido.
R: Oh uau, isso é fenomenal.I: Então Rex, mas alguma coisa que você gostaria de compartilhar?

R: A vida do artista é assim mesmo às vezes entra o desespero e às vezes tem o suporte dos fãs e do público. É esse suporte que me mantém tocando, então gostaria de agradecer a todos que têm se mantido interessado e convido a todos a me mandarem um email através do meu site: http://www.rexcarrollband.com

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